Nossa viagem a Angola durou um mês, entre e junho e julho de 2010. Mas foi no dia 13 de dezembro que realmente voltamos de Luanda, quando apresentamos nosso Trabalho de Conclusão de Curso e encerramos um ciclo de um ano e meio, que vinha desde quando começamos a escrever o projeto.
Fixe-Malaike, o cotidiano de brasileiros em Angola foi escrito sem grandes conflitos, mas com muitos debates sobre como usar as ferramentas que o jornalismo nos dá para contar histórias de vida. Também tivemos que refletir muito para trazer informações oficiais, dados econômicos e políticos, sem transformar tudo em um pseudo-tratado chato. Buscamos o equilíbrio na paixão e procuramos contar sobre as pessoas e o país que conhecemos com o máximo possível de detalhes e respeito.
No livro, estão histórias de pessoas que vão para Angola em busca de salários acima da média do Brasil, outros vão simplesmente por experiência, para se aventurar em uma cultura que é tão parecida com a brasileira em certos aspectos e completamente diferente em outros. Quem ainda chega esperando ver uma Angola que é só necessitada, carente de tudo e tribal, se depara com uma Luanda cheia de personalidade, sincrética, que perturba e encanta.
Feitas as modificações sugeridas pela banca, composta pelos jornalistas Mauro Silveira (professor de Jornalismo na UFSC), José Barella (do jornal O Estado de São Paulo) e por nossa orientadora Gislene Silva, colocamos o resultado online. E o espaço de nosso blog está aberto para críticas e trocas de informações sobre o tema.
Fixe: Bom, bem, tudo certo, legal
Malaike: Ruim, que não é bom, que não está bem
Resumo: Histórias de brasileiros que topam se mudar para um país que tem pouca infraestrutura, importa mão de obra para cargos de pedreiros a gerentes de multinacionais.
Capa: Jonathas Mello