quinta-feira, 28 de abril de 2011

Projeto reúne informações de africanos levados em navios negreiros

Li uma matéria hoje no site da Agência Fapesp sobre um projeto fantástico e me obriguei a escrever no blog.


Durante o século 19 muitas informações sobre os escravos que eram transportados nos navios negreiros foram recolhidas através do tribunais que julgaram casos de navios envolvidos com tráfico negreiro. Essas Comissões Mistas libertaram 70 mil pessoas. Agora, o African Origins, lançado na web, reúne informações de 9.453 africanos libertados. É possível saber, através da busca do nome, o ponto de partida, nome do navio e destino da pessoa desejada. Também é possível conhecer as contribuições linguísticas e culturais.


Por enquanto, as informações são de escravos libertados em Havana e o site está em inglês.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Meninos Pintores de Angola fazem exposição em Viena

Os meninos pintores, que conhecemos no Centro de Acolhimentos Arnaldo Jansen, e já apresentamos aqui no blog, também tiveram sua história contada em nosso livro, juntamente com o cotidiano da brasileira Renata Mertens, que é voluntária no Centro.

A história desses meninos nos encantou porque são uns as famílias dos outros, por serem órfãos, pela pobreza de suas famílias, por acusações de feitiçaria ou por tudo isso junto. É fascinante a maturidade com que eles veem a arte como um verdadeiro modo de ser felizes e uma oportunidade na vida.

Mais encantador ainda é ver esses jovens artistas surpresos com as próprias conquistas. Depois de fazerem exposição em Viena. Eles falam sobre o que seus quadros significam pra eles, sobre a viagem, nunca nem antes sonhada, para a Europa, e sobre o futuro. No Youtube, a experiência dos meninos na galeria está registrada e também tem um depoimento de Isaac João sobre um de seus quadros.

Foto: Christian, um jovem professor, que já morou no centro, e um dos meninos pintores. Crédito: Joana Neitsch

segunda-feira, 21 de março de 2011

Fixe Malaike - O cotidiano de brasileiros em Angola está online


Nossa viagem a Angola durou um mês, entre e junho e julho de 2010. Mas foi no dia 13 de dezembro que realmente voltamos de Luanda, quando apresentamos nosso Trabalho de Conclusão de Curso e encerramos um ciclo de um ano e meio, que vinha desde quando começamos a escrever o projeto.

Fixe-Malaike, o cotidiano de brasileiros em Angola foi escrito sem grandes conflitos, mas com muitos debates sobre como usar as ferramentas que o jornalismo nos dá para contar histórias de vida. Também tivemos que refletir muito para trazer informações oficiais, dados econômicos e políticos, sem transformar tudo em um pseudo-tratado chato. Buscamos o equilíbrio na paixão e procuramos contar sobre as pessoas e o país que conhecemos com o máximo possível de detalhes e respeito.

No livro, estão histórias de pessoas que vão para Angola em busca de salários acima da média do Brasil, outros vão simplesmente por experiência, para se aventurar em uma cultura que é tão parecida com a brasileira em certos aspectos e completamente diferente em outros. Quem ainda chega esperando ver uma Angola que é só necessitada, carente de tudo e tribal, se depara com uma Luanda cheia de personalidade, sincrética, que perturba e encanta.
Feitas as modificações sugeridas pela banca, composta pelos jornalistas Mauro Silveira (professor de Jornalismo na UFSC), José Barella (do jornal O Estado de São Paulo) e por nossa orientadora Gislene Silva, colocamos o resultado online. E o espaço de nosso blog está aberto para críticas e trocas de informações sobre o tema.


Fixe: Bom, bem, tudo certo, legal

Malaike: Ruim, que não é bom, que não está bem

Resumo: Histórias de brasileiros que topam se mudar para um país que tem pouca infraestrutura, importa mão de obra para cargos de pedreiros a gerentes de multinacionais.

Capa: Jonathas Mello