sábado, 26 de junho de 2010

A primeira gasosa


Cruzamos o oceano e chegamos. Simples assim. A Jú dormiu quase a viagem toda e Jô leu uma revista do mês passado que ainda não tinha lido.

Estávamos chegando e lembramos de olhar o mapa na televisãosinha que tem cada banco. O Atlântico para trás e uma círculo piscando em Luanda. Não é que conseguimos mesmo?
A gente meio sonolenta. Mas deu pra dizer “Jú estamos em Angola!”

Passamos na imigração. Simples, sem perguntas.

Pegamos as malas. Vieram três e demorou pra vir uma quarta da Jô. Logo veio, pronto.
Aí tinha a alfândega. Fomos perguntar a um funcionário se precisávamos declarar o nosso netbook. Ele chamou um outro colega. Nos perguntaram se é novo, falamos que sim, mas já que usamos (compramos na segunda passada, só para trazer para cá, mas isso nem dissemos). Aí eles disseram que não teríamos que declarar, era só entregar pra eles e passariam para o outro lado por dentro da roupa. Para isso, claro, teríamos que dar-lhes uma gasosa (como se chama gorjeta ou propina). Nos pediu 100 dólares. Falamos que tínhamos pouco dinheiro, o que trouxemos íamos pegar no banco depois. Disseram então que ficariam com o computador e depois buscávamos e pagávamos.

A Jú se saiu melhor que Jô, que já tava com a voz trêmula a essas alturas. Perguntou a angolanas na fila se precisava pagar mesmo. Elas disseram que computador pessoal não. Resolvemos ir para fila e dissemos que preferíamos fazer tudo certinho. Ele nos disse que aqui não é São Paulo, não dá pra querer ser tão correto. Permanecemos na fila e eles não tiraram os olhos de nós.

Um outro funcionário com expressão menos ameaçadora nos disse para entrar na fila do “nada a declarar” porque é um só computador e pessoal. Passamos sem pagar nada a ninguém. Os funcionários que haviam nos pedido a gasosa nos deram tchau e desejaram boa sorte. Foram lá para fora e a Jô cismou que iam nos armar alguma coisa.

Nos plantamos no meio do aeroporto. Logo, o Seba, nosso anfitrião angolano chegou. Deu vontade de abraçá-lo como se fosse um parente que não víamos a muito tempo. O susto passou, nos transmitiu confiança.

Agora já estamos muito bem alojadas. Fomos ao mercado Jumbo fazer umas compras. Almoçamos um delicioso feijoada feitos pela Dona Lídia, que trabalha na casa do Sebas (ela já trabalhou com brasileiros da Odebrecht e disse que conhece nossos gostos). Trocamos dólares, colocamos créditos no celular. Tudo com ajuda do nosso anfitrião e dos seus amigos Maga e Ernani.

Podemos dizer: mães estamos vivas e muito bem!

A primeira gasosa não foi dessa vez, não em dinheiro. A Jú se rendeu a uma Coca-Cola gelada (na garrafa de vidro!) depois de sete anos na abstinência.

6 comentários:

  1. Só a Angola pra fazer a Ju beber coca cola. Faltou foto Jô! Sucesso meninas, vou acompanhando por aqui.

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  2. A coca realmente merece um comentário!
    Boa sorte, meninas!! Tenham juízo!

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  3. Pronto!! Já estou acompanhando tmb!!!
    Sucesso aiii!!!
    bjoooss e boa sorte!!!haha

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  4. Dá-lhe Joana, que competência!!!!Fiquei doidinha prá estar aí também, ehehe!
    Aproveita e arruma um tempinho prá agradar os ouvidos e sacudir o esqueleto com eles, e depois conta prá gente da música deste povo!!!
    Bjo e sorte grande assim como você :-)
    Ana Maria

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  5. parabéns gurias! ô Ju, vê se não me decepciona né, larga dessa vida de coca-cola e coloca a Joana nos eixos... Coca não!!

    bjosbjosbjos

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  6. Ju e Jo!!!! ainda bem que chegaram bem!!! eu falei sobre a gososa né!!! vai se acostumando!!!
    beijos e bom trabalho por ai!!!

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